"Pode servir o vinho..."
Depois de um intenso inverno...
Onde tudo foi revelado...descoberto...
Nada mais me resta a não ser voltar atrás...
Refletir sobre algumas coisas...quem sabe abrir mão de outras...
Não posso ser feliz às custas da infelicidade de alguém...
A não ser que alguns sentimentos mudem...
Não posso fazer nada além do possível...
O impossível não me pertence...
Quando acontece...é um presente...
Como aquele que sonhei a vida inteira ...
Mas nunca me deram...
“Você ainda não está merecendo”...
Pois bem...eu espero até merecer...
É como se eu tivesse três aninhos...
E uma caixinha linda...embrulhada num papel colorido...
Cheia de lacinhos...estivesse numa prateleira alta...
Eu me sento a frente e fico olhando...
Sem saber direito o que pode ter dentro...
Só sei que é meu por direito...
Cruzo as perninhas...apoio o queixo nas mãos ...
E fico olhando...por horas a fio...
Rezando pra que a prateleira quebre...
Ou que a caixinha simplesmente caia de lá...
Já que ninguém parece querer me dar...
Ali eu cresço...amadureço...
Mas a caixinha continua linda...perfeita...
Hoje sei o que tem dentro...
Continuo sem poder ter...mas posso ver...
São meus sonhos...desejos...fantasias...
Tudo o que sempre tive de mais puro...
A vida que vivi...certa ou errada...
Não importa...
Os amores que tive...omiti...ou apenas pensei amar...
Meus valiosos sofrimentos...esses ocupam boa parte dela...
Minhas vitórias...derrotas...
Toda a minha paixão pela vida...e até mesmo pela morte...
Não tenho medo dela...me parece uma boa amiga...
Em dias de cólera...noites de angústia...
Tento abrí-la...mas os laços se tornam nós...
E mais uma vez não consigo...
Não quero muita coisa...só a minha felicidade...
Que está no cantinho...do lado esquerdo da caixa...
“Talvez você ainda não a mereça...”
Me sento novamente no chão...hoje com mais idade...
Minha alma grita...mas o silêncio que me cerca é maior...
Olho a garrafa de vinho...guardada a meses...
Para uma ocasião especial...que não tive...
E digo a mim mesma...
“Pode servir o vinho...vamos brindar...!”
Com um sorriso nos lábios...e lágrimas nos olhos...
Brindo a mim mesma...orgulhosa...
Por tudo o que fui...e sou...
Mesmo que ainda não mereça tudo...
Tive mais que a maioria...
“Salute...!”
Depois de um intenso inverno...
Onde tudo foi revelado...descoberto...
Nada mais me resta a não ser voltar atrás...
Refletir sobre algumas coisas...quem sabe abrir mão de outras...
Não posso ser feliz às custas da infelicidade de alguém...
A não ser que alguns sentimentos mudem...
Não posso fazer nada além do possível...
O impossível não me pertence...
Quando acontece...é um presente...
Como aquele que sonhei a vida inteira ...
Mas nunca me deram...
“Você ainda não está merecendo”...
Pois bem...eu espero até merecer...
É como se eu tivesse três aninhos...
E uma caixinha linda...embrulhada num papel colorido...
Cheia de lacinhos...estivesse numa prateleira alta...
Eu me sento a frente e fico olhando...
Sem saber direito o que pode ter dentro...
Só sei que é meu por direito...
Cruzo as perninhas...apoio o queixo nas mãos ...
E fico olhando...por horas a fio...
Rezando pra que a prateleira quebre...
Ou que a caixinha simplesmente caia de lá...
Já que ninguém parece querer me dar...
Ali eu cresço...amadureço...
Mas a caixinha continua linda...perfeita...
Hoje sei o que tem dentro...
Continuo sem poder ter...mas posso ver...
São meus sonhos...desejos...fantasias...
Tudo o que sempre tive de mais puro...
A vida que vivi...certa ou errada...
Não importa...
Os amores que tive...omiti...ou apenas pensei amar...
Meus valiosos sofrimentos...esses ocupam boa parte dela...
Minhas vitórias...derrotas...
Toda a minha paixão pela vida...e até mesmo pela morte...
Não tenho medo dela...me parece uma boa amiga...
Em dias de cólera...noites de angústia...
Tento abrí-la...mas os laços se tornam nós...
E mais uma vez não consigo...
Não quero muita coisa...só a minha felicidade...
Que está no cantinho...do lado esquerdo da caixa...
“Talvez você ainda não a mereça...”
Me sento novamente no chão...hoje com mais idade...
Minha alma grita...mas o silêncio que me cerca é maior...
Olho a garrafa de vinho...guardada a meses...
Para uma ocasião especial...que não tive...
E digo a mim mesma...
“Pode servir o vinho...vamos brindar...!”
Com um sorriso nos lábios...e lágrimas nos olhos...
Brindo a mim mesma...orgulhosa...
Por tudo o que fui...e sou...
Mesmo que ainda não mereça tudo...
Tive mais que a maioria...
“Salute...!”