Como vento!

Deitada, sozinha, noite escura, noite de amargura.

Sentindo-me frágil, debilitada sem forças físicas, comecei a ouvir o som do vento, que vinha forte e empurrava a janela de meu quarto, as cortinas sacudiam, o vento impaciente parecia querer entrar e me acompanhar, me ajudar, me socorrer.

Ao som de seu sopro forte, comecei a refletir e olhar meu coração, eu o vejo como uma janela fechada e você surgiu em minha vida como vento forte, que parece querer romper as trancas, entrar e se fazer brisa em minha companhia.

Não sei se eu devo soltar as algemas de meus passos e caminhar de mãos dadas com você rumo ao improvável, ou se fico na minha inquietude do talvez.

É tão difícil tomar decisões, principalmente após viver fantasias, vê-las se tornando reais e após transformar-se em pesadelo!

Mas você se faz presente, sem perceber meus pensamentos fogem de mim e sorrio sozinha, já consegues fazer-me flutuar na leveza de suas palavras doces e convidativas a um mundo de sonhos.

Em um de seus relatos, disseste-me que tenho medo de viver, talvez o medo seja meu principal aliado, ele na medida certa é essencial, exagerado é covardia!

Sejas como vento impetuoso, e resgate-me, sozinha não tenho forças, eu espero você.

Damiana Almeida
Enviado por Damiana Almeida em 03/09/2010
Reeditado em 03/09/2010
Código do texto: T2476911
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