O ano: Correntes

Ouço em silêncio as flutuações que existem no mundo. O respirar, o suspirar, o contorcer, toda as emanações possíveis que aqui existem.

Não existe nenhuma e nem outra mais importante, todas, compassadas e intermitentes são únicas, estão lá para deixar uma assinatura no tempo e no espaço, mas sempre anseio por mais.

Estou acorrentado pela minha mente analítica, contemplo o passado, o presente e o futuro e faço conjugações mentais sobre todos os eventos que hão de acontecer, mas, mesmo assim, não consigo me ajudar, por mais que eu saiba sobre o mundo, de tudo e de todos, a manipulação de si mesmo não recaí em poderes da minha pessoa.

Estas correntes não me separam do mundo ao meu redor e sim me deixam ainda mais uno com ele. Mas, creio, que esteja na hora de sair daqui. De se conjurar, não ficar mais triste com o que passa ao meu redor.

Deixar a minha mente analítica para trás e partir para o julgo dos outros.

Mas as correntes estão aqui e, ainda, continuam indivisiveis, resistindo a todo custo a tudo e a todos.

Um dia... um dia tudo estará claro para mim, e, neste dia, nada mais irá me escapar.

Daniel Chrono
Enviado por Daniel Chrono em 01/09/2010
Código do texto: T2473232
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