Vivemos num lugar divino e não sabemos

Vi esta noite

Um menino sentar-se abeira do mar.

Parecia confuso

Como se estivesse procurando,

Matutando, pensando...

O trapiche sob ele

Fazia-o balançar suavemente

Acalmando-o e seduzindo-o.

Seus olhos brilhavam

Acompanhando as espumas do mar

Que iam, iam... e sumiam.

Logo após, seus olhos fitavam os barcos

Que dançavam conforme o ritmo das ondas.

Os barquinhos eram iluminados pela luz da lua

E pelo brilho de um milhão de estrelas cintilantes.

O menino parecia viajar no tempo.

Parado ali, ele observava, tranquilamente

Tudo ao seu redor.

Parecia estar enfeitiçado,

Como se visse o próprio Deus na sua frente.

Também, com a paisagem maravilhosa

Da lua iluminando os barcos

Que dançavam no ritmo das ondas

As quais levavam as espumas para longe

As quais atraiam seu olhar..

Seus pensamentos deviam estar trabalhando intensamente.

Centena de coisas devia ele estar pensando.

Então, de tanto observá-lo

e observar a bela paisagem à minha frente

Comecei a me sentir extasiado, pensativo, flutuante.

Entrei então, no ritmo da imaginação.

Foi então que nasceu a seguinte pergunta:

"porque o ser humano procura vestígios de Deus tão longe, se basta sentar-se a beira de um mar para descobrir o que é divino"?

Jamilson Poeta
Enviado por Jamilson Poeta em 30/08/2010
Reeditado em 23/11/2011
Código do texto: T2468515
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