A morte é interessante, mas totalmente insignificante... para aquele que se foi.

A morte é interessante, mas totalmente insignificante... para aquele que se foi.
 
Concordo que a morte seja irrelevante para o ator vivente, posto que dela jamais participaremos de corpo presente. Ela é algo que nos será obrigatória, mas que dela não participaremos.
 
Em um momento estamos vivos, existimos... Em outro desaparecemos... Eu entendo que os religiosos possuem outra forma de ler este mesmo capítulo da natureza, e no fundo tenho uma pontinha de inveja desta leitura que eles fazem, posto que seria muito mais fácil de entender a morte dos que nos são importantes... A nossa morte não faz diferença, mas nos ver separados daqueles que amamos é um fato que seria muito mais facilmente aceito com a crença da vida a posterior...
 
Agora, não é porque algo parece facilitar a aceitação da perda que merece alguma credibilidade. Minha leitura é que somos importantes enquanto vivos. Temos uma vida para compor com toda humanidade e com os que amamos, em um complexo simbiótico de vida. Depois de morrermos, deixaremos apenas lembranças, e se for o caso algum ensinamento.
 
A morte, pois, é um nada. Ela nos leva ao nada eterno e em nada nos afeta após termos sido apanhados por ela. Mas a natureza sabe muito bem reaproveitar nossa carga material. Pelo menos resta-me saber que materialmente existirei disperso pelo mundo como componente básico de elementos naturais.  


Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 29/08/2010
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