REFLEXÃO DE DOMINGO
Ysolda Cabral
Caminhando neste momento lentamente, o Tempo passa. A memória, um tanto falha, me avisa que apaga imagens de propósito. Eu não me importo e deixo que ela proceda do seu jeito. E, assim, junto com o Tempo, caminho firme e sem olhar para trás, pois não quero correr o risco de me tornar estátua.
Alguma coisa se detém à minha frente. Não temo e prossigo de cabeça erguida, com coragem e a força dos que têm a consciência limpa além de na bagagem trazer a certeza do dever cumprido.
E assim vou prosseguindo em harmonia com o Tempo. Se ele caminha lento, eu diminuo também o ritmo. Sorrio, descanso um pouco e alerta aguardo o sumiço de sua preguiça.
- Do jeito que ele andar, eu acompanho!
Às vezes meu desejo é pedir humildemente que retorne um pouco. Então reflito: mesmo que isso fosse possível não valeria à pena, pois nada deixei pelo caminho percorrido que valha esse risco.
Se, entretanto, em algum momento do caminho eu ficar...
Se, entretanto, em algum momento do caminho eu ficar...
Por Deus! Que não seja num Dia de Domingo!