Não é complicado. Se for, não é amor!
Existem perguntas que não calam em minha mente.
Perguntas das quais eu desejo saber da resposta mais ao mesmo tempo não desejo ouvir, é uma constante contradição, uma briga interior que parece não ter fim, uma luta entre o coração e a razão, o sim e o não, em amar e não querer amar.
Creio que o amor não é pra ser algo complicado. E se for não é amor.
O amor não deixa dúvidas, ele é certo do que quer, mesmo quando há covardia para vivê-lo, mas se é real, esse medo enfrenta a si próprio.
O amor não é para doer, é para curar as feridas e apagar as cicatrizes.
O amor não acontece apenas uma vez em nossas vidas, porém não acontece todo dia. Ele é algo grande e mágico, complexo para definir em palavras aquilo que nosso coração diz em seu próprio idioma. Apenas sabemos que amamos e pronto.
O amor é algo que chega sem pedir licença. Ele acontece e faz acontecer. E quando acontece, percebemos notórias mudanças.
O "eu" passa a ser "nós", os olhos ganham brilho, os dentes sempre querem aparecer em forma de sorriso, as cores se tornam mais vivas, os dias mais lindos, as noites mais mágicas, um filme na "tela quente" tem mais valor pois você não assiste mais sozinha, o trabalho fica até mais leve e até divertido, o sono cheio de sonhos, as baladas com os amigos mais divetida, um dia de chuva mais proveitoso, enfim, tudo flui com mais sincronia.
O amor nos faz enfrentar qualquer desafio, nos dá segurança, faz renascer dentro de nós aquele ser guerreiro que outrora estava acuado, descrente, covarde.
Trago dentro de mim todos os sintomas do amor e junto dele a dor de não poder compartilhar com esse alguém. Um alguém que eu descobri amar e que não me ama, talvez por não querer, talvez por não poder. Evito pensar nas razões que a leva a não corresponder, pois a verdade por melhor que seja, iria doer mais do que já dói.
Não estou a declarar que prefiro a mentira, JAMAIS. Apens não consigo crer no motivo que me foi dado, pois certas atitudes não coicidem com tal explicação.
Estou dando tempo ao tempo. Mas não quero me tornar escrava desse amor, amo e não nego, porém sem deixar que o tempo seja eterno.
Também não quero fazê-la sofrer, mas creio que o afastamento seria uma boa opção, dolorosa mas necessária.
Perder é classificado como "aprender a dar valor", mas existem certas coisas que não é preciso perder para valorizarmos, pois no fundo sabemos que tal perda mesmo sendo ela por tempo indeterminado ou não, dói. E a dúvida da volta é pior do que a dor da partida. Talvez ela volte ou não, pode não voltar por medo se sofrer mais uma vez, ou até mesmo por orgulho ferido.
Não me arrependo por aprender a amar novamente, apenas me entristeço por amar e não poder mais compartilhá-la. Algo tão lindo e bom que existe em mim, na verdade, a melhor parte do meu "eu".
Aquele meu eu que sempre está feliz, sorridente, carinhoso, atencioso, preocupado, engraçado, autentico. Que quer te fazer sentir toda essa energia positiva e contagiante.
Talvez o erro seja meu, por crer em tal amor e acima de tudo, toda dor, continuar lutando e buscando força pra continuar. Mas há uma parte de mim que diz que o melhor a fazer agora é sair de cena e mudar um pouco o cenário; mesmo sabendo que a dor incialmente possa parecer insuportável. E com isso poderei entender que esse amor nunca foi e nunca será correspondido, ou então para que a outra parte perceba que o medo de amar pode causar uma dor maior e que se demorar demais pode ser tarde.
Não estou subestimando os sentimentos de ninguém, quanto menos o meu, mas é que realmente é difícil entender tais atitudes tão contraditórias. Quando seus lábios dizem algo e suas atitudes dizem o oposto.
Além de tudo, o que mais me aborrece em mim mesma, é a capacidade que tenho de "entender" a outra parte quando parece que ela nem liga para o que sinto.
Por ser que esse amor me faça ter paciência e a compreensão diante de todos os acontecimentos. Mas confesso que grande parte de mim deseja fugir todos os dias, pois ter de ver seru amor todos os dias sem poder ter certas intimidades não é fácil.
Ter que ver aquele ser abençoado cheio de luz, linda, cheirosa, sorridente, ter por perto mas ao mesmo tempo longe, causa nó na guarganta e acelera o coração.
Sinceramente não sei até quando serei capaz de suportar tudo isso, pois existem muitas possibilidades que passam por minha mente todos os dias, possibilidades que deixarão cicatrizes não apenas em mim, e isso é algo que não quero, posso me ferir, me machucar mas jamais me perdoaria por fazer o mesmo com o meu amor.
Sei que escrever é uma forma que achei pra que as lágrimas de meus olhos caíssem menos e que desabafar em forma de letras numa folha de papel não fere ninguém. Escrevendo, concentro meus sentimentos em forma de arquivos, talvez um dia se tornem arquivos mortos, e até lá viverão em mim para depois morrerem no papel.
Não tenho medo do amor e muito menos incerteza sobre ele, só que hoje creio que talvez não amar doa muito menos do que se entregar e não ter a certeza se será correspondido.
Posso estar errada???
-É claro que sim! Mas por hora é melhor pensar e crer nisso, do que martelar num sentimento que nunca existiu e que talvez nunca venha a existir.
Se ainda a amo???
-Mais transparente não posso ser, assim como não posso ser eterna!