Me faz um bem!

Excitação.

Terminei bem o dia de ontem. Nos falamos, finalmente, desde que viajou.
E duas vezes ele fala que (também) está com saudades... gosto disso. Não, ADORO. Ele certamente queria saber se eu também estava...
Estou, estou sim, com muitas saudades.
Mas não, nunca poderia entregar o ouro dessa forma. Nunca falarei que estou com saudades. Ele semeia, mas não vai conseguir o que quer de mim; pelo menos não com essa facilidade.

Hoje novamente, logo no início do meu dia.
Ele ainda está no final do dia dele de ontem! Estafado, acabado após um dia cheio de reuniões e viagens a trabalho.
Ele entra na internet e ainda me chama para conversar. Eu sabia que lá já deveria ser mais de meia-noite, não o chamei.
Mas ele sim, ele me chamou. E como sempre me surpreende, desta vez, pela primeira vez, nos falamos através de "video-call".
Ele me mostrou o quarto dele e que estava assistindo a um canal brasileiro na TV.
Estava de camiseta branca... um charme.
Ingenuidade? Da parte dele ou da minha?
Não, não há nada entre nós e nem nunca vai haver.
Essa platonicidade, se é que realmente existe, ficará para sempre entre nós, como um abismo infindável.
Ficará não só a curiosidade pelo toque, pelo físico, mas também pelo que passa por sua cabeça.
Adora jogar, adora seduzir.
Mas até que ponto isso transpassa o virtual e a brincadeira? Em algum momento isso chega ao ponto do sentir "real"? Há quem diga que "toda brincadeira tem um fundo de verdade".
Nunca saberei.

O desconhecido me faz um bem...

Hadassush
Enviado por Hadassush em 26/08/2010
Reeditado em 28/08/2010
Código do texto: T2459926