Deus não quer nossas boas obras.
O que são boas obras? Entende-se como boas obras quando ajuda-se ao necessitado ou quando cumpre-se obrigações religiosas.
Mas, como Deus vê nossas boas obras?
Deus fundou a terra, definiu seu tamanho e sua circunferência.
Criou o universo.
Tem o controle da morte e é o criador da vida.
Esse é Deus e essas são suas obras.
Por que ele daria valor às nossas?
É justo e coerente, exigirmos pagamento pelo que fazemos se pra Deus tudo o que fizermos é insignificante?
Observe o que Rm 3. 10-12 diz: "Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, NÃO HÁ NEM UM SÓ".
Nossa justiça é útil apenas pra nós mesmos.
Como poderemos convencer a Deus que somos bons e merecemos a salvação?
Observe: Cada um de nós tem sua própria definição de certo e errado, isto é, cada um de nós considera-se melhor do que os outros, por isso, raramente admitimos nossos deslizes e com facilidade e frequência culpamos a outros (quem nunca fez isso?). Nossa visão pessoal de certo e errado é sempre a nosso favor e nossas obras são sempre as melhores, se não temos obras, então sempre apontamos pra alguém e dizemos: “esse aí é pior que eu”. Dessa forma nos justificamos e fica tudo bem. Obviamente, acumular pontos com Deus a partir de nossa natureza imperfeita é impossível, por isso obras não podem salvar.
Pois é, então como fica?
Rm 4.1-3 diz: “Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas NÃO diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e ISSO lhe foi imputado como justiça.”
Ficou claro?
É a fé que salva. Hb 11.6 diz: “Ora, sem fé é IMPOSSÍVEL agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”
O conceito é simples e biblicamente inquestionável.
Rm 4. 4-8 diz: “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a DÍVIDA. Mas, àquele que NÃO pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a SUA FÉ lhe é imputada como justiça. Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça SEM as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem O SENHOR não imputa o pecado”.
É pela fé que somos justificados diante de Deus. Então, as obras são inúteis pra salvação?
Sim!
Pois se as obras fossem um critério pra salvação, então a salvação seria o pagamento de uma dívida. Mas jamais seremos credores de Deus. Por isso, a motivação das obras não pode ser o interesse em ser salvo, como se quiséssemos barganhar com Deus, pois a nossa motivação deve ser o amor e somente o amor.
1 Co 13. 5 diz: “(o amor) Não se porta com indecência, NÃO BUSCA OS SEUS INTERESSES, não se irrita, não suspeita mal.”
Assim, se amarmos sem esperarmos NADA em troca, então esse amor será verdadeiramente sem interesse e, portanto, genuíno. É esse amor que Deus quer.
Rm 5.5 diz: “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações PELO ESPÍRITO SANTO que nos foi dado.”
É pela fé que recebemos o Espírito-Santo, logo, é pela fé que o amor de Deus é derramado em nosso coração.
Assim, se existe fé, ENTÃO existe salvação, por isso nos é dado o Espírito-Santo e com ele o amor de Deus é derramando em nosso coração.
Mas, e as obras?
Existindo amor, automaticamente existem boas obras, pois quem ama não mata, não sente inveja, não rouba, se importa com o próximo e etc.
Quem ama cumpre a Lei de forma natural e não o faz por obrigação ou medo do inferno.
Mas, se na vida do crente não houver obras de amor e sem interesse é porque antes não houve fé. Pois as obras são conseqüência da fé, logo, a fé sem obras é morta.
Assim, anunciamos a salvação e fazemos o bem de graça, sem interesses. É essa a mensagem de Cristo, foi isso que ele fez.
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