SOB O SIGNO DO SILÊNCIO

Quando começamos trabalhar enigmas inconscientemente, é chegada a hora de parar.

Parar para ouvir o signo do silêncio, em vez de abrir os cofres e usar das moedas de troca que já perderam o valor.

Estamos acostumados a levantar a bandeira e soar a trombeta num chamado pasteurizado, somente para ver o correr dos soldados que formam fileiras aos nossos pés.

Esquecemos que os soldados de hoje estão fora de perímetro e mesmo que ouçam a trombeta ou vejam a bandeira desfraldada, seus corações não latejam como antes e quando a dor aumenta em nós, eles não procuram nos aliviar.

Essa nova conduta não fruto de desprezo ou de despeito como pensamos, é por outra feita o despacho definitivo de um velho modo de vida.

Assim convém que também mudemos as fórmulas e acompanhemos os cânticos, pois corremos o risco de novamente sermos soterrados pela poeira do deserto, e a diferença é que desta feita estamos sós.