Cidade pequena, cidade grande
Naquela cidade calma
uma senhora simpática
abre a janela e deixa
o ar puro e os raios de Sol
invadirem seu lar.
Observa passarinhos na praça
numa briga frenética pela comida.
O leiteiro chega na hora com o leite
que acabou de tirar em seu sítio.
Assim que vai embora,
Sr. Joaquim sai da pequena padaria
e entrega o pão quentinho á senhora.
Maria passa correndo, está atrasada.
Do outro lado da praça, o Sr. José Pedro
abre a quitanda e traz do sítio tudo fresquinho.
Ali, todos se conhecem, todos se cumprimentam.
Da minha janela vejo uma disputa,
trem e metrô cheios até o limite,
quem chegará primeiro a próxima estação?
Algumas vezes vejo surfando também.
Eles surfam em cima do trem.
Alguém corre apressada lá embaixo,
não sei seu nome, mas está atrasada.
Quando vou á padaria, sempre digo:
Bom dia! Mas o português mal humorado
ainda não aprendeu devolver a mesma gentileza.
O leite vem em caixa, depois de passar
por um processo.
Aqui não há quitanda com tudo fresco,
nunca vi uma granja.
As pessoas não se conhecem,
estão sempre apressadas, também não se
cumprimentam.
Mas... cada um é feliz do seu jeito,
no seu mundo!