EUs

       Se as vezes me perco na complexidade das múltiplas possibilidades de ações, não posso me perder na multiplicidade de seres que compõem minha existência. Todos são reais enquanto frutos de nossa complexa mente. Mas nem todos são justos de serem vividos e experimentados. Assim, mediar conscientemente cada um deles com uma ética humanitária deve ser nossa obrigação básica.
 
       É verdadeiro que nem sempre temos consciência de todos os seres que nos compõem, isso só aumenta nossa necessidade de pelo menos tentar manter nossa racionalidade crítica a postos, e buscar perceber em nossas ações e nos reflexos gerais destas, aquilo que possa desqualificar a dignidade humana, e com uma ação consciente questionarmos profundamente nosso eu do porque daquele comportamento, e assim superamos não por simplesmente renegarmos nossos “eus” como impossíveis, ou pecaminosos, mas sim compreendendo que sendo humanos somos complexos em nossa consistência mental, e que necessitamos nos entender profundamente, para que demos maior controle aos “eus” que possam ajudar na construção de um mundo mais ético e mais digno. 

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 21/08/2010
Reeditado em 21/08/2010
Código do texto: T2450839
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