Qual foi o fruto proibido?
Adão e Eva comeram do fruto proibido, mas que fruto é esse e o que ele fez?
Todos sabemos que nunca houve uma maçã, apenas um fruto que ninguém sabe qual foi. A Bíblia refere-se apenas como fruto do conhecimento do bem e do mal.
Era um fruto, sim, e não sexo como alguns dizem.
Mas o que significa esse fruto?
Existe uma frase que é mais ou menos assim: "é bom aprender com os próprios erros, mas o sábio aprende com os erros dos outros."
Pra mim, é essa a idéia do fruto proibido. Explico:
Imagine uma pessoa que nasceu e foi criado entre marginais, com drogas, sexo e violência diários. Essa pessoa conhece o bem? Se ela estiver diante do bem, poderá identificá-lo?
Ou seja, se dissermos a ele que amor existe, caridade, honestidade e etc. Ele acreditará ou rirá em nossa cara?
Ele terá que experimentar o amor para saber de sua existência, não é? Pois apenas ouvir sobre o amor não é suficiente.
Porém, se houver outra pessoa que nasceu em um ambiente totalmente oposto. Alguém que viu o bem em toda a plenitude que as pessoas podem expressar. Se ele ver o mal, ele o reconhecerá?
Ex. Se esse alguém ver a mentira ou o roubo, ele precisará se tornar mentiroso e ladrão para poder perceber que esse é o mal?
É evidente que não.
Por isso, quem apenas conhece o mal tem dificuldades em identificar o bem. Precisa vivenciá-lo para comprovar sua existência. Entretanto quem sempre conheceu o bem pode vir a conhecer o mal sem, contudo, precisar experimentá-lo.
Por isso a pessoa boa tem mais condições de se tornar sábia.
Adão e Eva eram puros, apenas conheciam o bem, não precisavam experimentar o mal para conhecê-lo. Ou seja, eles não precisavam comer do fruto para obter conhecimento sobre o bem e o mal.
Então, qual era o problema? Que tipo de conhecimento o fruto traria?
O problema é que ao comer do fruto proibido, o mal passaria a fazer parte de Adão e Eva, ou seja, o mal foi incluído na própria natureza deles, entende?
Esse era problema.
O conhecimento do bem e do mal que o fruto representava não era conhecimento intelectual, mas experimental. Ou seja, eles conheceriam o mal pela experiência, porque ele passaria a fazer parte deles.
Não teriam apenas o bem em suas vidas, mas o mal também.
Infelizmente, como explicado acima, tendo o mal em nós, nossa visão do bem se tornou limitada, pois quem vive o mal tem dificuldades em compreender o bem de forma plena.
O motivo da proibição era justamente evitar isso, pois a pureza deles já lhes dava a sabedoria necessária, mas foram seduzidos por algo mais.
Queriam ser iguais a Deus, pois essa foi uma das mentiras da serpente.
Ao contrário do que muitos pensam, Adão e Eva não eram ingênuos, porque se fossem, não conseguiriam perceber que deram “mancada”, mas perceberam, por isso se esconderam.
Ingenuidade e pureza não são sinônimos.
Deus poderia simplesmente ter tirado a árvore de lá, ai ninguém comeria desse fruto, mas como temos livre-arbítrio, temos o direito de escolher o mal se quisermos.
Por isso a árvore foi posta lá, para que Adão e Eva decidissem por si mesmos o que queriam.
O fruto estava lá para que escolhessem, assim a liberdade estaria garantida.
Porém, escolheram mal.
Concluindo: houve um fruto proibido, mas não um pecado original.
Pois podemos fazer a mesma escolha que eles ou não, pois a cada dia decidimos se permanecemos na escolha de Adão ou não.
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