Quando o escuro me envolve eu me revolto ou me conforto?

Quando as sombras do mal apossarem-me

Não vou querer gritar nem me rebelar

Deixarei, assim, quem sabe me levarem,

De modo prático e rápido

Sem medos nem traços de dor ou revolta

Apenas um semblante abobalhado como de quem estivesse no circo

Esse é o meu risco

A ironia que conquistei na vida

Quando a cortina do mal se cobrir diante dos meus olhos

Será somente o começo do meu fim

Não vou querer partir

Permanecerei implacavelmente ereta e forte na minha intuição

Quando as trevas minha alma sucumbirem e a luz do dia não, mas ter efeitos sobre mim.

Vou sentir partir de um lugar quente e suportável

Para um frio terrível e desaconchegante

Será o pagamento pela minha vida terrena?

A Sentença final?

À vida banal?

Sentirei a gélida tumba aqueçendo os meus pensamentos efêmeros...

Talvez esse realmente seja o meu desejo final

Ser coberta por todo mal e relembrar o quanto fiz da vida uma zona banal...

Não terá choro nem vela

Nem cravos ou rosas somente um corvo a observar longinquamente

A deterioração da vida humana

A aversão aos sentimentos morais

O desejo do mal esquadrinhando no túmulo das lembranças

De um dia ter sido uma doce criança, não me faz bem recordações de infância...

Desejando...

O buraco, negro, frio e fundo nos esperando...

Quer a minha ajuda pra uma decida mais leve e um pouso rasante?!

Estarei a meio km te esperando.

BlackBells
Enviado por BlackBells em 17/08/2010
Reeditado em 18/08/2010
Código do texto: T2444148
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