A SIMPLICIDADE DO AMOR

Comecei a pensar hoje... por que me sensibilizo tanto com as coisas?
Por que às vezes um simples sorriso é capaz de me encher os olhos?
Mas antes que eu pudesse ir lá dentro de mim buscar alguma resposta pra isso, percebi o quão inútil era a pergunta. Conhecendo pessoas iluminadas, que, a despeito da vulgaridade do mundo lá fora, ainda sentem, falam, escrevem, respiram o amor na sua forma mais simples, percebi que felizmente não estou sozinho.
Hoje, quando um ar de primavera ousou se antecipar sobre nós, pude perceber o quão linda e simples pode e deve ser nossa existência. Percebi o quanto de tempo perdi em me achar sozinho, sendo que alguns conceitos é que me faltavam.
Não preciso de pessoas do meu lado pra dizer que elas são importantes pra mim.
Não preciso exatamente procurar me encontrar em outra pessoa, não sem antes me localizar na minha própria ignorância. Aprendi que algumas pessoas nos amam profundamente, indiferentes ao tempo e à distância, e nem sempre damos a elas o valor devido.
Aprendi a olhar a vastidão desse mundo de Deus e não apenas para o meu umbigo. E se em cada gesto de amor, ou de simples serenidade Ele nos reconhece, então aprendi que eu sou tudo aquilo que eu preciso pra também me reconhecer.

Aprendi, acima de tudo, que não é te amando, que te farei feliz finalmente, mas que fazendo você feliz cada dia, um dia eu transformo esse amor de hoje em para sempre...