AUTOINTERATIVIDADE
No nosso humano teatro
qualquer ato é tão somente
enredo dum único palco.
Porém, não há como
transpormos os sentimentos
das tantas plateias
para o aperto do nosso
tão curto espetáculo!
Ao abrir e ao fechar
das cortinas,
Ali somos nós!
Meros atores
e espectadores
de nós mesmos.
Equivocadas também,
são as plateias que
choram e aplaudem...
-ou rejeitam!-
o próprio sentimento encenado de longe.
Eis, portanto,
o comum epílogo
dos monólogos das vidas.