Autonomia

Autonomia. Cada pessoa deve ser capitã de sua alma. Imposições heterônomas são rédeas que não traduzem a verdadeira capacidade de cada um criar o seu hoje,o seu amanhã, e compreender o seu ontem.

Não gosto de estar na situação em que faço algo a alguém somente para satisfazer a este, sem ser de meu agrado. Pouco altruísta, talvez. Mas penso que viver é incrivelmente grande demais para se desperdiçar em ações que não compartilho a crença necessária para tomar como atitudes próprias. Autonomia.

Sendo assim, não me agrada a posição de oprimido – muito menos de opressor. Busco me reconhecer na alteridade difusa das multidões que passam, passarão e passarinho, em meus dias. É difícil.

Sei como é difícil compartilhar nossa sinceridade. Quando alguém diz o que sente – e acredita realmente em sua fala e em seu receptor -, estamos diante de algo raro e especial, que não pode ser banalizado, mas tratado com respeito, atenção e responsabilidade.

Não posso me permitir oprimir alguém, não me é possível enquanto irmão, amigo, namorado, colega de trabalho ou desconhecido. E me machuca isto se tornar realidade – não quero que as pessoas busquem formas de me agradar desagradando a si mesmas. Autonomia, alteridade, sinceridade e intimidade. Idéias, ideais, sonhos, projetos e planos. Vida, viver, viva, vivo, vivamos. Autonomia – para cada pessoa ser capitã de sua alma.

Lucas Sidrim
Enviado por Lucas Sidrim em 15/08/2010
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