Aceitação

Encontro alguém que é meu avesso. Crio imagens e moldo esse alguém de acordo com o meu querer.

Nesse intervalo vou roubando características que lhe são próprias. Sem perceber vou colocando meu eu no outro.

Não é sobre o certo e o errado. É sobre deixar que as pessoas sejam elas mesmas.

Estranha forma de ser e ver o próximo. Entramos num círculo vicioso em que as vezes nos moldamos e em outras nos quebramos.

Mais uma vez é preciso refazer. Mais uma vez é preciso rever a essência do ser.

Porque agora você se deixa subjugar.

Há um outro alguém que caminha por dentro da sua vida. Quebrando os trincos, desfazendo as cores das portas e trocando os móveis de lugar.

Mas, eu não quero que baguncem minha casa. Aceite meus trincos, minhas cores e meus móveis. Aceite minhas imperfeições e aceitarei as suas também.

A aceitação é a mais bela magia.

Deviam fabricar potinhos de aceitação nos mercados. Então, jogariamos uns nos outros e perceberiamos finalmente que não somos melhores ou piores em nossas características.

Perceberiamos, assim, que temos diferenças e sendo diferente nos completamos.

Luciana Bruder
Enviado por Luciana Bruder em 12/08/2010
Reeditado em 05/05/2012
Código do texto: T2432997
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.