Eleições - vamos honrar o verde e amarelo

Encerrou-se a Copa do Mundo, a seleção voltou para casa de cabeça baixa, e o restante da Nação, imediatamente tirou de circulação as cores do Brasil.

Não podemos esquecer, que o amor à Pátria não deve se restringir aos eventos esportivos, quando vestimos as cores da bandeira e sentimos orgulho por nossas conquistas.

Algo muito sério está para acontecer em nosso País deve ser levado tão a sério quanto a Copa do Mundo.

Infelizmente é difícil sentir-se incentivado a participar ativamente de eleições, quando não se vê seriedade em quem nos representa.

Mas para poder reclamar depois, temos que participar agora. Não podemos enxergar a política de forma generalizada e dizer que tanto faz.

Assim como no futebol onde os mais apaixonados sabem o histórico de cada jogador, toda sua vida pregressa, se jogou bem, se ajudou o time ou se o prejudicou, devemos também procurar saber a vida passada de cada candidato, seus projetos, suas idéias, quais promessas foram ou não em seus mandatos anteriores.

Precisamos nos inteirar se prometem o que está dentro do seu campo de atuação, pois não podemos nos enganar com metas inatingíveis. Vemos que alguns candidatos inescrupulosos prometem o que está fora de sua alçada.

Não adianta a Daiane dos Santos prometer a medalha de ouro no nado sincronizado. Ela sequer pode competir naquela modalidade.

E assim, como a maior parte da população não participa ativamente, acabamos por eleger candidatos incompetentes, ou mal intencionados. Na política, honestidade não basta, é necessário competência.

Infelizmente a cultura política do Brasil é de não assumir a responsabilidade por nossas escolhas.

Só para citar um exemplo, Fernando Collor foi eleito com uma votação bastante expressiva. Pessoa carismática, excelente orador, conquistou grande parte da população que o apoiava incondicionalmente. Então veio o fracasso, e ele deixou o cargo de forma brusca, vergonhosa.

E o brasileiro se envergonhou de sua escolha e todos aqueles eleitores parecem ter evaporado ou nunca existido. O eleitor se escondeu e não assume o engano. Ninguém votou nele. Não encontro explicação para esse fenômeno. Ou foi o maior fenomeno sobrenatural da história ou a maior fraude...

Não podemos agir assim novamente. Se escolhemos errado, devemos assumir, cobrar, fazer mudar. Eles nos representam e se não o fazem direito, devem prestar contas dos seus atos.

Nessas eleições, ou em qualquer outra devemos novamente nos vestir com o patriotismo já quase esquecido, assumir nossas responsabilidades como cidadãos não só quando tudo está bem, mas principalmente, quando tudo dá errado.

Se os elegemos, devemos exigir o cumprimento das obrigações assumidas e não nos envergonhar das escolhas, nos esconder, não admitindo ter escolhido errado.

Devemos cobrar, e para isso, precisamos pensar muito bem antes de votar.

Pense nisso, porque depois não podemos culpar o técnico pela má escalação do time.

Lia Guimarães
Enviado por Lia Guimarães em 07/08/2010
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