MUNDO DA DELICADEZA

Aguardei-lhe

Mas não lhe esperei

Quis-lhe, mas não a desejei

Perguntei mas não me respondeu

Se respostas haviam

Talvez nunca venha a saber,

A vida é mesmo assim

Vezes e revezes

Talvez tu sejas

O pedaço de mim apartado

Talvez seja o pedaço

Que um dia não deixei a mim agregado

Não sei ao certo

Se vítima

Se algoz

Vai lá saber

Procuro respostas

Mas ainda não as encontrei

Dizem-me os rábulas do saber

Que elas estão nos evangelhos

Quem sabe escondida

Nos rebuscados escritos de Nostradamus

Quem sabe Da Vinci levou-a com ele

Quem sabe se está em nossa frente e não a vemos

Decerto, que assim deve ser

Já que na natureza tudo está acabado

Só fazemos é combinar os elementos

E nos apoderamos daquilo que ela fez por si só.

Quem sabe quando cruzarmos a estrada da morte

Lá encontremos os umbrais da vida

Quem sabe a existência seja efêmera

E a vida eterna

Talvez a encontre

Nesses portais eternos

E já no mundo da delicadeza

Possamos sem nada dizer

Darmo-nos as mãos e seguir

Caminhando sem precisar nada dizer.

QUINKAS
Enviado por QUINKAS em 03/08/2010
Reeditado em 23/09/2010
Código do texto: T2415346
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.