E agora?

Sentimentos... vagos, solitários;

Pensamentos... soltos, sem rumo;

Quando o amor acaba o que resta? Ou melhor, o que nos resta?

As lembranças, a admiração ou o ódio?

Será mesmo possível alguém amar outro alguém fielmente? Com olhos, pensamentos, vontades voltadas somente a essa pessoa?

Qual a traição que dói mais? A traição dita “física”, aquela que se concretiza? (literalmente), ou aquela em silencio, bem no fundo de um obscuro pensamento, aquele querer e não ter, aquela dúvida, aquele...porquê?

Devemos mesmo cobrar fidelidade dos nossos companheiros e companheiras ainda que essa fidelidade não exista de nossa parte?

Somos fiéis?

Vamos ser se acreditarmos ser um amor verdadeiro?

Ou nunca fomos com nós mesmos?

E o perdão? Onde fica nessa história?

Aprendemos a perdoar, mas aprendemos também a conviver com o perdão? Com a situação?

Existem certas verdades que nos machucam, e mesmo sem saber acabam por destruir certos pilares de confiança...mas é possível construir ou melhor reconstruir esses pilares?

Mas e o tempo que irá custar?

Sentimentos, pensamentos, lembranças, fidelidade, perdão...

Ser amado, amor inacabado, dúvidas pertinentes...

Pilares abalados, outros destruídos e tantos outros reconstruídos...

Faces de um coração confuso em sua essência, ou nem tão confuso assim...

Como saber?

Uma resposta em uma única palavra...Viver!

Em 07 de janeiro de 2009.

Kátila Moura
Enviado por Kátila Moura em 02/08/2010
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