Morre o velho... Nasce o novo...
Verdade seja dita. Não importa que tenha uma noite perfeita existe algo que falta para mim. Como é possível sentir isso por uma vida inteira e ainda assim me deixar ser afetado por isso. Os anos passam, eu mudo, tudo a minha volta amadurece, envelhecem evolui e se modifica e ainda assim existe um maldito vazio dentro de mim. Vazio acompanhado de tristeza, de incertezas e medo. Percebi que aprendi a me contentar com o pouco, a aceitar o errado por nunca ter tido algo ou alguém bom de verdade. Percebi que nunca estive feliz desde minha adolescência, de que aprendi a desistir do amor tão facilmente comi alguém que rejeita e foge da peste. Mas sei que antes eu não era assim e havia uma fé em mim no amor que me mantinha numa estrada mais firme de esperança.
Quando mudou não sei, mas foi sutilmente, provável por depois de tantas quedas e erguidas para cair novamente. De fato mesmo esmagado nunca fiquei no chão, mas nunca me tinha ocorrido que partes de mim ficariam e somente hoje vi o quanto de mim ficou para trás ao ponto de antigos me descreverem como era antes e eu não me reconhecer por ser quem sou agora; Um estranho de mim mesmo.
Essa semana foi de reflexão, de tristeza, de dificuldades sobre minhas emoções. Descobri que é certo deixar o ruim longe de você, que não me faz bem estar apaixonado, que é bom olhar para dentro do escuro e ver que é preciso uma decisão definitiva entre mergulhar e se afundar de vez ou dá as costas e negar essa escuridão que somente devora e destrói. As vezes o ideal para chegar perto da paz é somente escolher o caminho menos pior, depois disso é só seguir em frente, sem esmorecer, sem fraquejar e sem nunca, sem nunca olhar para trás. Ontem foi dia de revelação, de sorrir e sentir certa felicidade, do tipo que chega ser inocente, do tipo que é pra se recordar e sorrir, mas também foi dia de decisão. Dia de saber o que realmente fazer e buscar forças para lutar e persistir nessa decisão sem recuar e perder para forças muito maiores que eu. Vai ser difícil, eu sei. E é uma luta só minha e de mais ninguém. Algo que parece ser pequeno, até mesmo para mim, mas e alguma forma sempre conseguiu me derrubar. Ontem foi dia do basta. Hoje começa a libertação, hoje me dedicarei apenas no que me faz bem e descobrir um modo de não sentir o que não deveria mais estar sentindo. Chega de sensações que não são minhas, de sonhos que me aterrorizam, de mentiras e falsas verdades. Verdade seja dita, fui tolo por tempo demais. É hora e "uma época em que regras não significavam nada, e o nada significava tudo." As lágrimas a tempos eu deixei para trás, a tempos que a saudade não me perturba, a solidão sempre me foi presente, estando só ou acompanhado. Sempre enfrentei minha doença sem ninguém ao meu lado, com no máximo uma pergunta "se está melhor" por celular com fundo de barulho de festa e farra. E quantas vezes doente fui trocado pro amigos sem nem mesmo tal pergunta. Verdade seja dita, eram mágoas demais para me sentir feliz ao lado de alguma delas.
E assim sempre foi.
Assim sempre é.
No fim apenas bons e somente bons momentos cheio de lembranças ruins, desconfiança, brigas, mentiras e mais mentiras, declarações falsas, desesperança e sem nenhum deslumbre de um futuro que não seja trágico ou triste.
Hoje... É dia de mudar tudo isso, dia de apenas me sentir bem... De ter paz e prazer.