A SÚPLICA DE UM DESESPERADO PRESTES A PARTIR!

Quantas vidas se foram!

Quantos ceifaram seus próprios destinos por falta de uma luz.

Quantas esperanças numa cruz tão glorificada.

Quantos gemidos sussurrados baixinho, em lágrimas, a espera de uma suposta ajuda de quem tem o poder e a glória nas mãos.

Quantos não partiram por não aguentarem mais, e preferiram a incerteza do obscuro a o sofrimento por não suportarem mais a falta de uma luz no fim do túnel.

Quantos ainda hoje não choram perdidamente clamando o perdão e ficam na incerteza de serem ou não ouvidos.

Quantos não se lamentam e suplicam a presença do proscrito criador em suas tantas horas de sofrimento e angústia.

Quantos não se lembram do sofrimento contido numa, talvez quem sabe ilusória crucificação, imaginando que, como ele tivesse sofrido tanto, nunca deixaria de ouvir aqueles seus prováveis filhos que, também hoje, sofrem e o suplicam.

Como acreditar que ele não está a escutá-los.

Onde está o senhor de todas as coisas?

Onde está o senhor do impossível?

Ainda que não o duvide de sua existência, mas a sede é grande e o deserto á atravessar, enorme.

O que fazer para matar tamanha sede?

Quantos estão por ai sofrendo e gemendo, suplicando ao menos um pequeno feixe de sua luz sendo que, também e provavelmente, estão pagando por alguma coisa que não fizeram.

Como podem aguentar, se sua dor é tão grande quanto a dor de uma crucificação, pior ainda, sem saberem o porque estão pagando por tamanho sofrimento.

Como podem sobreviver com uma dor insuportável e invisível dessas que, arrebenta o coração e machucam a alma?

Como não pensar em desistir, se suas preces parecem não serem ouvidas?

Só podem gritar pelo seu nome, mas não podem ouví-lo, nem saberem se os escutam.

Por que não responde?

Onde estás?

Até quando esperar?

By Adauto........ Imaginando a dor de um ser desesperado, querendo ouvir ao menos uma só vóz de consolo e esperança, para talvez, não partir antes de sua hora marcada.

almadepoeta
Enviado por almadepoeta em 01/08/2010
Reeditado em 06/08/2010
Código do texto: T2412009
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