UM DIA MENOS FÁCIL
Querido Diário:
Será que tenho o direito de estar um pouco rabugenta?
Hoje é o último dia do que eu considero "As minhas férias". Amanhã cedo rumo em direcção a norte, Lisboa.
A temperatura que tinha estado alta, excessivamente alta, baixou uns 20º de ontem para hoje. Não há
quem não se sinta abalado e incomodado.
Fomos à praia. Estava vento, frio, nevoeiro. Foram, além dos que já estávamos, o filho mais velho da minha amiga, a esposa e duas crianças pequenas.
Fugimos literalmente de lá, roxos e arrepiados.
Viemos a casa tomar banho e mudar de roupa.
Nove para apenas uma casa de banho...
As doces criancinhas cheias de areia, sono e fome.
Fomos jantar ao Restaurante. As doces crianças fizeram-nos a vida negra com más educações e exigências. Recusaram comer a sopa, rasgaram a toalha de papel, cuspiram carne mastigada para a blusa branca da mãe, gritaram com o pai, bateram na avó e nos tios. Eu, como não sendo da família, fui poupada a estes mimos mas, no entanto, quando a mãe me pediu que passasse o guardanapo à mais velhita (5 anos), fui brindada com um "Deixa-me!" sonoro que me remeteu à minha insignificância...
O casal mais velho já vinha zangado um com o outro. O casal mais novo zangou-se a meio do jantar por uma questão de quem quer ou não beber a cerveja por copo alto ou baixo...
Há pouco a minha amiga veio pedir-me desculpa deste fim de dia tão atribulado...
Não, não tenho o direito de estar rabugenta. Não tenho o direito e já nem estou. Ao escrever aqui passou tudo!
Afinal a minha amiga convidou-me com tanta alegria e amizade a vir passar estes dias com eles... Que culpa tem ela? Nenhuma!
Estou-lhe é muito grata porque me proporcionou uns dias fantásticos na sua companhia e na dos seus!
Hoje as coisas não foram tão fantasticamente bem mas... Paciência!
(Sinto-me um tanto pateta a escrever um Diário, eu que nunca escrevi nenhum na vida... Será que entrei na 2ª meninice? Esclerosei de vez?)
Beijinhos,
Querido Diário:
Será que tenho o direito de estar um pouco rabugenta?
Hoje é o último dia do que eu considero "As minhas férias". Amanhã cedo rumo em direcção a norte, Lisboa.
A temperatura que tinha estado alta, excessivamente alta, baixou uns 20º de ontem para hoje. Não há
quem não se sinta abalado e incomodado.
Fomos à praia. Estava vento, frio, nevoeiro. Foram, além dos que já estávamos, o filho mais velho da minha amiga, a esposa e duas crianças pequenas.
Fugimos literalmente de lá, roxos e arrepiados.
Viemos a casa tomar banho e mudar de roupa.
Nove para apenas uma casa de banho...
As doces criancinhas cheias de areia, sono e fome.
Fomos jantar ao Restaurante. As doces crianças fizeram-nos a vida negra com más educações e exigências. Recusaram comer a sopa, rasgaram a toalha de papel, cuspiram carne mastigada para a blusa branca da mãe, gritaram com o pai, bateram na avó e nos tios. Eu, como não sendo da família, fui poupada a estes mimos mas, no entanto, quando a mãe me pediu que passasse o guardanapo à mais velhita (5 anos), fui brindada com um "Deixa-me!" sonoro que me remeteu à minha insignificância...
O casal mais velho já vinha zangado um com o outro. O casal mais novo zangou-se a meio do jantar por uma questão de quem quer ou não beber a cerveja por copo alto ou baixo...
Há pouco a minha amiga veio pedir-me desculpa deste fim de dia tão atribulado...
Não, não tenho o direito de estar rabugenta. Não tenho o direito e já nem estou. Ao escrever aqui passou tudo!
Afinal a minha amiga convidou-me com tanta alegria e amizade a vir passar estes dias com eles... Que culpa tem ela? Nenhuma!
Estou-lhe é muito grata porque me proporcionou uns dias fantásticos na sua companhia e na dos seus!
Hoje as coisas não foram tão fantasticamente bem mas... Paciência!
(Sinto-me um tanto pateta a escrever um Diário, eu que nunca escrevi nenhum na vida... Será que entrei na 2ª meninice? Esclerosei de vez?)
Beijinhos,