Manhã

Hoje acordei sentindo paz dentro de mim...

Tomei meu banho, troquei de roupa e sai para mais um dia a fora.

Talvez não seja tão ruim encarar um dia de sol intenso como sempre acho, mas como nunca sabemos o que o futuro nos reserva, frustração não veio ao meu encontro.

Fiquei a desfrutar dos ventos frios que percorrem o amanhecer e as brisas frescas cobriam meu rosto ofuscado pela luz poderosa e inigualável do sol da manhã.

Olhando ao horizonte, no mais profundo castanhos de meus olhos adentro num mar de luz que deixa meu corpo se deslizar no sopro do instável vento.

Estranho ver as horas passarem por mim inquietamente.

Fechei meus olhos como se estivesse fechando minha janela pela noite, preparando-me para dormir, então fechei meus pensamentos como um livro aberto de páginas brancas. Apenas o nada a representar minha condição matutina. Levantei-me na direção da janela olhando para o céu azul escuro que se clareava segundo a segundo.

O vento carregando as nuvens formando um manto enorme.

Distraído percebi minha solidão e o estado de dormencia do meu corpo, hibernando enquanto meus olhos fechados sentia o que o dia me oferecia e que já me acostumei a permanecer intacto no embaranhado do silêncio.