Essa carência...
Na mulher é que o homem encherga uma pureza inexistente, um desenho de realidade e norma que diferentes, assim latejantes, sempre se esguiam. Tanto que, de mesmo modo, no homem a mulher encherga a imagem de um imaturo garoto, uma criança. Parece-me que juntamos os traços da pessoa do sexo oposto, imaginando-a quando mais nova.
É geralmente resultante de filosofias perpendiculares, podendo citar o complexo de Édipo e o desejo de retratar no amado, a figura de um projenitor: Pai ou mãe.
Fica meio esquisito dizer, mas é a mais plena verdade.
A mulher busca num homem formas que a lembrem de seu pai, origem sexo diverso do dela, almejando estado de perfeição lacunar.
O homem busca numa mulher formas que a lembrem de sua mãe, origem sexo diverso do dele, almejando estado de perfeição lacunar.
É um remix, um embaralhado conjunto de cartas entre o que há de mais novo e de mais velho, matriculando o tempo como agraciador de todo esse espetáculo.
Por fim, nós somos eternos carentes de carinhos de pai e mãe