REENCONTRO E OUTROS DEVANEIOS

Faz tempo!parece que hoje estou reencontrando um velho amigo que devido a distância perdeu-se no tempo, mas que agora retorna como se na verdade nunca tivesse ido embora, como se morasse dentro de mim e estivesse apenas hibernando. Isso aconteceu porque o tempo, moço e também vilão, ao encontrar-se com a frenética vida de um ser em constante mutação, aliás; adaptação às adversidades que a vida traz e que fizeram o amigo interno hibernar sem ter prazo para retornar.

De fato, ele foi renegado e ficou aqui dentro, mas não perdido apesar de ter sido reencontrado por, vejam só! uma adaptação às adversidades da vida, ironia?talvez!no momento isso não vem ao caso...só voltou e que bom, porque voltou com uma força descomunal e incontrolável, precisava acordar, precisava ver a vida, não! Precisava ser visto pela vida.

Frases, poemas, cartas, pedidos tudo isso tem em haver com o amigo. Explicarei porque de amigo chamo algo que está no interior de mim; simples, ser amigo é um conceito em que cada um tem, óbvio! Para mim é amigo quem está quando se precisa, de graça. Ser amigo também é uma definição; “a pessoa certa nas horas incertas”, concordo.

Pois bem, sobre as circunstâncias que fizeram o amigo hibernar não há segredo!sou culpado por achar que estava errado em pensar que o que os motivos que o faziam brotar não valiam mais a pena, por achar que a poesia devia ficar para nós mesmos como um alento para os momentos de desilusão amorosa, vejam só!acabo de descobrir que não é assim. Mas, há sim uma verdade; é preciso ter uma musa, um objeto para o qual tenhamos a intenção de escrever. Para mim a musa nunca deixou de existir eu que deixei de enaltecê-la, de achar que palavras, frases e cartas eram tão inúteis e que só serviriam para mostrar a subalternidade do iludido (apaixonado), tolice!

Paixão não é fraqueza, é exatamente o contrário do que dizem os racionais. Razão, cultuado como fonte das bem aventuranças humanas. Quem seguir? Cada um que descubra!cada um que trace sua historia...

Quanto a mim, vejo que não era errado escrever o que sentia ou falar quando sentia vontade de falar, podia ser errado para quem eram ditas ou escritas; não foi o que foi feito, mas sim para quem foi feito. Não foi errado errar, nem certo acertar, apenas foi! na verdade este escrito não procura culpados porque não houve além de mim.

Meu amigo, bem vindo de volta! As desilusões da vida já não te farão hibernar mais!por fim, é bem verdade que as desilusões que há na vida não se referem somente às desilusões amorosas, não. Claro que fazem parte, mas não são tudo e escrever é mais do que falar de amor, paixão e saudade, é falar da alegria,da própria vida já que não há uma única musa e sim várias e tantas quantos quisermos que tenham, basta querer, olhar com os olhos de um menino como se tudo fosse a maior novidade do mundo e não ter medo de dizer o que se deve dizer porque a falta de ação, o deixar de fazer ou o deixar morrer faz esfriar, faz amigos hibernarem.