Te amo!
Às vezes, um imenso vazio se faz presente em meu peito, algo que não me permite saber que rumo seguir e na tentativa de preenchê-lo de alguma forma, acabo procurando em novos ares, em novos lugares, em novos horizontes, em outras pessoas algo que de alguma forma mude isso, e assim a única coisa que eu consigo preencher é o meu próprio ego, e no fim, o vazio se mantém crescendo mais e mais, se alimentando das minhas fraquezas e das minhas incertezas. Dou voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum, procurando respostas, tentando viver algo que realmente valha à pena e que de algum sentido em minha vida e é aí onde eu me pergunto se realmente sei o que eu quero, se fui justos com tudo, com todos, ou com comigo mesmo.
Nesse momento escuto uma voz doce e suave surgir como uma explosão, partindo de minha alma dizendo ”te amo”, uma voz que se manteve viva e verdadeira de alguma forma em meu coração, um “te amo” não valorizado, não respeitado, não ouvido com clareza pela minha falta de atenção e em um momento de sanidade, percebo que as respostas estavam presentes a todo tempo e eu não quis enxergar, nesse momento me vejo rendido e observo a câmera cair sobre o chão e se partir em pedaços. As imagens já não me convidam, a lente já não é capaz de refletir o que vive em mim, o click e o flash já não se mostram mais necessários e o único desejo que me move no momento é poder gritar em resposta ao te amo que não sai da minha cabeça.
Eu a amo, sempre amei e foi preciso sentir o vazio me consumir para eu perceber isso. Às vezes não percebemos a imensidão de algo que sempre esteve ali por nós, por talvez estarmos ocupados demais tentando nos enganar ou tentando fugir de algo tão grande e capaz de nos apavorar e eu me apavorei. Eu não estava procurando, eu estava fugindo, eu não estava confuso, eu estava amando e eu não estava vazio, o amor é que estava chorando.