DE DIA EU FAÇO GRAÇA, À NOITE SO VEJO DESGRAÇA
Eu andava muito apavorado com a barbaridade humana. Quase cheguei a fazer coro com uma ingênua crença de que estamos no fim dos tempos. “Tanto horror iniquidade” me faziam pensar que era um fim para depois um recomeço expurgado e purificado lá na frente. Analisando a história pregressa da humanidade (que nos chegava apenas através dos livros e publicações especializadas, de forma muito lenta e de acesso a pouca gente) vamos notar, numa comparação com as tragédias atuais, que apenas as informações e sua velocidade e quantidade nos chegam num piscar de olhos, ou num ligar de computador ou televisão. A barbárie continua a mesma. Quem sabe, se todos tendo mais acesso a tanta informação depreciativa, desqualificadora de nós mesmos, não partimos para uma reação positiva? Não custa sonhar.
P.S: A propósito do show de horrores sobre as violências urbanas, rurais, fazendárias, de sítios, motéis, escolas, favelas, trânsito, polícia, bandido e o escambau que a mídia faz jorrar em forma de sangue escrito e falado todos os dias insistentemente.