PINKHá um anúncio de tempos difíceis
e dele apesar umas misteriosas estrelas
brilham por detrás da fumaça, do cobre, do sufoco
do fogo que faz um buraco no peito, na atmosfera,
que gela as extremidades e degela os pólos.
Eu sumo de mim mesmo por este mundo que esquenta,
ou eu somo e conto os dias que podem ser lindos
e me empenho e me levo a rasgar o véu
para enxergar – escrevendo –
nas estrelas algo que ainda não sei?
O que escrevo não será o pão para o faminto
não será a água na aridez dos tempos
não será nada, nada, nada.
Será o respiro desse que olha
as estrelas por detrás da fumaça
do cobre, do sufoco e do fogo.