PARA TER SENTIDO
Tendo tornado consenso que somos seres afeitos à vida na cidade, e, eminentemente, políticos, no sentido Aristotélico, ocorre que, se assim é, não nos resta outra conclusão, senão admitir que nos tornamos pelo que escolhemos ser.
Ou, ainda, considerado que só nós, seres superiores no reino animal, segundo tipologia racionalista, temos o privilégio da decisão, até sobre outros seres, denota-se dessa premissa que não há destino, e sim, conseqüências, pois só há história porque há o Homem.
E sendo portadores, os únicos, dotados da capacidade do raciocínio, e seus derivados, condenamo-los ou absolvemo-los, apenas e tão somente, baseados e amparados naquilo que aprendemos durante nossa jornada de aprendizado. Embora, diga sempre, que a capacidade e a possibilidade do aprendizado, não cessam nunca. É preciso estar aberto para novos e renovados conhecimentos.
Então, e por fim, a busca pela verdade não se caracteriza pela necessidade de se provar o erro do outro, nem, tão pouco, a prevalência de uma tese que se imponha pelo dedo em riste ou mesmo pela persuasão, pura e simples. Essa busca, na visão desse missivista, fundamenta-se pela correlação sincrônica entre fala e ação. Noutras palavras, a busca pela verdade - não aquela verdade incontestável, dogmática, que mais aprisiona do que liberta, se revela pela coerência da fala transformada em ação.