procura
vazios que não são meus;
mas que incorporam o meu silêncio;
travam comigo,
a batalha insãna,
que tem se tornado a vida.
Espíritos abatidos
pelo chão do quarto;
a fechadura resecada,
e o chão empoeirado.
Há fotos tristes guardadas
pelas prateleiras vazias
da estante,
que preenchem a parede da porta,
mas que não conseguem,
diminuir o vazio,
deste poema que é só.
Tento procurar pelos meus desertos.
em que parte eu escrevi a felicidade?!...
Depois de um tempo,
estático, em frente ao teclado negro,
tento voltar a escrever, este poema sem graça.
Há sonhos, que se dividem,
entre o sofá da sala
e a porta do quarto entreaberta;
personagens duma estória
que eu não sei terminar;
mas, que pouco a pouco,
terminam comigo...
(Edmilson Cunha)