E POR AI VAI... E EU VOU MESMO ASSIM...
É assim tentando exprimir o inexprimível que vamos
de toque em toque tentando enfiar num arquivo,
numa folha de papel um sentir um tanto doído,
que se basta e nos enche de comoção.
A gente vai, se trai, traz tudo de dentro,
espreme e joga, imprime e olha. Teme e tenta jogar fora.
Enjoa, mas mesmo assim desiste e mostra tudo.
E tudo isso só pelo brilho no olhar.
Depois é só encher-se de ti e de si e tenta tudo de volta,
mesmo com a plena certeza, que é mais fácil escrever
sobre a metafísica ( mesmo eu que nada sei ) contida num
pêlo de cílio postiço caido no chão,
que tratar de amar sem ser piégas.