Palavras
Palavras se ganham, se perdem. Se dedicam, se confiam. Ganham vida, saltam aos olhos, ganham mundos, vencem muros e superam barreiras. Palavras têm força, têm fé e têm vida própria. Palavras são discursos, são pensamentos, são promessas e cobranças.
Palavras, palavras...
Palavras são mundos que ecoam e destoam de seus pais, de seu país, de sua oração. Palavra sozinha, contudo, é só palavra. E homem, sem palavra, não é homem. Homem, sem ação, também não faz oração: palavra é verbo, é berro, é sopro de esperança pro coração.
Palavras.Pros corações, pois palavras só são palavras quando são ouvidas, quando vencem as barreiras da apatia e se transformam em mundos paralelos, em universos diversos e inversos daquele que inicialmente ganhou poucas linhas no amarelado velho caderno.
Palavras?
Palavras não têm cor, não têm classe, não têm credo – e ao mesmo tempo são revestidas de tudo isto, quando lidas ao seu tempo, fora de seu contexto, sob um novo pretexto, por um novo sujeito.
Palavras!