Humanidade universal
     Humanidade universal.
 
     “...Conseguir isso, sem vaidades pessoais, sem interesses políticos ou de poder, aumentava ainda mais as dificuldades inerentes deste projeto humano.
 
        Seriamos capazes de democraticamente repartir com todos aqui na terra, todo o conhecimento científico e tecnológico adquirido? Ou mesmo que consigamos nosso intento, teremos apenas criado outros grupos dominantes, outras mega potências para nos dominar política, militar e economicamente?
     Seremos capazes de ao término, termos uma humanidade mais dignificada pela distribuição de saber, de tecnologia, de riquezas, de possibilidades e de plenitudes de vida?
     Seremos capazes de desmentir a sina que nos acompanha, de que aos mais poderosos todas as benesses do mundo, aos mais necessitados, apenas as sobras?
     Seremos capazes de aprender a sermos menos falsos, menos corruptos e corruptíveis, a pensar menos nos nossos, e enfim, a darmos maior valor a vida do que ao poder ou aos bens?
     Aprenderemos finalmente que viver sem felicidade, não faz sentido?
     Entenderemos que viver sem felicidade é uma ofensa a dignidade humana?
     Intuiremos, algum dia, que para viver um estado de felicidade, às vezes necessitamos de algum sofrimento, é verdade, mas que viver em sofrimentos jamais dignificará nossa existência?
 
     Como aquela dor, que por decisão assumimos sentir, em algum tratamento dentário, esta deve ser passageira, e necessita trazer em seu bojo um estado de ausência de dor futuro, ao final do tratamento, que seja em módulo e em intensidade maiores que a dor que sentimos no durante o tratamento.  
 
     Seriamos capazes de durante esta empreitada coordenar uma PAZ estável entre nossas sociedades? Os homens estariam preparados para trabalharem por uma causa maior e universal para nossa humanidade? Seriamos capazes de manter um relacionamento de elevado nível ético com todos? E ao final do projeto, supondo-o alcançado, seriamos dignos de sermos ainda chamados “SERES HUMANOS”, onde a PAZ reine, e os homens experimentem uma justeza de ações e de comportamento, onde a plenitude de nossa humanidade seja um marco em cada um dos membros viventes de nossa sociedade, e onde a biodiversidade seja respeitada também em sua plenitude?...”
 
        Trecho de um livro que estou revisando. “A realidade descontínua. – Uma singular humanidade”.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 04/07/2010
Reeditado em 04/07/2010
Código do texto: T2358076
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