CLARICE E EU NA MADRUGADA DE DOMINGO
Madrugada de sábado para domingo, confabulando com meus botões e me deliciando com pedacinhos de Clarice Lispector:
Ela diz:
'Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas...continuarei a escrever'.
Eu:
Escrevo, escrevo, escrevo, penso, espero e volto a escrever. Cartas pra mim, cartas em confissões e questionamentos que, sem as respostas continuam firmes, mesmo quando sopram fortes ventos, tempestades.
Ela diz:
'Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome'.
Eu:
Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome...mas quero e espero.
Talvez venha num cavalo branco.
Talvez eu vá ao seu encontro do outro lado da montanha.
Talvez o vento traga.
Talvez eu tenha que cruzar o oceano em caravela (sim, bem lentamente).
Mas liberdade?
É pouco, muito pouco.
O que eu desejo?
Eu sei, mas ainda não tem nome.
Amém.