A droga que é o Direito.

Direito é uma droga.

Calma, vou mandar mais um!

Sobe, desce, pula e pulsa no coração. Está batendo!

Acompanha as hemoglobinas a percorrer por paralelo os ossos deste hemisfério corpóreo. Me dê mais um pouco!

Tive uma sensação absoluta. Tive um momento divino. Bati nas portas imperiais do Deus americano

Qiçá atendido, estou "legalmente drogado".

Conhecimento para fugir.

Conhecimento para esclarecer.

Conhecimento... para quê?

Sinto novamente... Está bombando!

Sangue nas veias, nas artérias humanas a compor o ridículo de uma mente drogada pela lucidez.

Ela brilha.

Coração não pára.

Ouço-o bater e, seu barulho, ao ecoar pela lei chega nos meus ouvidos como se fosse justiça.

Vou mandar novamente... ah! Está tudo muito claro. Agora sim, sou livre com esta droga. O Direito é uma droga.

Subtrai coisa qualquer no movimento corporal, cerebral, erga emocional a longo prazo; mas que droga!

Conduz hemácias respiradas, porém com a clareza adquirida não sei se prefiro morrer, ou viver.

Transporto-me a um recanto de conhecimento e magia transcendental.

Tento explicar, mas meio difícil, sensação sui generis, não arrogante nem prepotente. É só sensação e mal ninguém faz.

Dizer-se humilde, com a droga, é arrogância.

De suas modificações, o grito do dilacerado e morfético brasileiro injustiçado pela oligarquia manobrante.

Torna a ti mesmo e recorre à jurisdição suprema, do Deus nada poderoso, usufrutuário aquele de fé na tentativa de se ver vingado da justiça humana.

A raiva do pai na justiça gratuita interpela indenização devida, mas ilegal.

O nojo da mãe gera caos, fúria. Acaba tendo câncer.

Segundos passam e eu tenho toda a história do mundo em minha mente. Os neurotransmissores cerebrais se agitam e desdenham.

Cantam e dançam. É um verdadeiro orgasmo mental, suposta erudição.

Interpelam e brincam. São crianças iludidas.

Mas minha vida nunca foi um Código.

Nunca será.

Vivificar!

Tenho artigos fora de ordem; incisos no caminho e muitos caputs a declarar.

Mas agora o efeito já passou. Preciso de mais uma dose.

E eis a questão.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 02/07/2010
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