Um momento de reflexão.
Um momento de reflexão.
 
 
     Devemos naturalmente distribuir a todos que dividem conosco a genética do Cro-Magnon e do Homo sapiens moderno, um olhar de carinho, um desejo sincero de paz, de luz, de força vital, e de SAÚDE, torcendo fervorosamente para que cada um de nossos irmãos se encontre no verdadeiro amor. 
 
     Às vezes tenho a nítida impressão que seriamos melhor definidos como HOMO DEMIENS. Vulgarmente poderíamos crer que desenvolvimento histórico do Homo Sapiens (homem do saber racional), teve como efeito colateral o (sub)desenvolvimento do Homo Demiens (homem-louco). O primeiro corresponde ao universo consciente, adulto e humano, pertencendo este último, ao mundo da desordem, e da irracionalidade reprimida no inconsciente em seus diferentes aspectos.
 
     Vivemos atribulados com nossos afazeres, nossas vidas pessoais, nossas dificuldades e lutas, que nos esquecemos de pensar, meditar, relaxar e filosofar conosco mesmo.
 
     A vida não tem uma razão única e específica, é verdade, mas isso não retira dos vivos a obrigação de construir um mundo digno para todos, e melhor para nossos filhos.
 
     Não existisse a humanidade, aquele simples mas complexo atributo que nos diferencia como uma raça única, ainda assim estaríamos obrigados a dignificar a natureza, a vida ....
 
     Nossa humanidade nos leva a trabalhar pela dignificação da vida, ela nos leva a buscar construir um mundo melhor para se viver, e nos leva a buscar a felicidade coletiva. Ser feliz é uma das razões de viver. Não aquela felicidade mesquinha que só leva em consideração os nossos interesses pessoais, nem tão pouco, somente, aquela felicidade daqueles que dividem conosco laços de família ou de amizade. A dignidade a ser buscada é aquela que, sendo democrática para com todos os seres, sabe, e tem a concreta razão de construir um presente harmonioso, porém firme.
 
     Devemos tentar incorporar este ambiente de benevolência, e buscarmos aprender a eternizar em cada um de nós, este sentimento de juventude física e mental, de estabilidade moral, de imanente busca da verdade, onde ao longo de nossas vidas, poderemos nos apoiar, e assim vivermos para construir, nos outros, aquela paz que buscamos.
 
     Que em cada mente humana possa ser acesa a chama do verdadeiro AMOR,  que esta chama possa iluminar nossas vidas e nos ajudar a trilhar o caminho do bem e da justiça social. Que em cada ato, e em cada pensamento, possamos ter a consciência plena de que é nossa humanidade, o que nos difere dos outros animais. Desta forma permitir que, nossa moral, nossa ética, nossos valores, possam ser permeados por esta seiva de vida, por esta seiva de racionalidade, e por esta seiva de princípios relativos a dignificação da vida.
 
     Sejamos crentes ou sejamos céticos, a vida só faz sentido pelo quanto dignificarmos a ela e o quanto nos aproximarmos mais uns dos outros.
 
     Sejamos cristãos, ou sejamos budistas, agnósticos, ou ateus, só deveríamos ter o direito à vida caso comungássemos com a necessidade de reverenciarmos nossa humanidade, de dignificarmos nossa vida, e de permitirmos a todos, o direito de buscarem sua felicidade, desde que esta busca não diminua em nada o direito e a capacidade dos outros de também buscarem e alcançarem suas felicidades.
 
     Que cada novo dia possa ser um presente, sem trocadilho, que se eternize em construções e em oferenda de suporte aos que também buscam construir.
 
     Que possam, nossas vidas, ser o reflexo sincero do verdadeiro AMOR, sem abrir mão da RAZÃO e da busca da verdade. Que tenhamos a coragem de olhar de frente o reflexo de cada um de nossos atos, e perceber nas evidências, não a teoria que nos interessa (maquiando as evidencias conforme nossos interesses), mas sim buscarmos nestas evidências, os elos que as unem, seus atributos comuns, suas interfaces mútuas e enfim a teoria real que as sustenta.
 
     PAZ, SAÚDE, AMOR e LEALDADE para todos nós.
   

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 01/07/2010
Código do texto: T2352884
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