Ando de olhar cabisbaixo...
Ando de olhar cabisbaixo
E o peso que o derruba
Nem um galhinho de arruda
Faria o franco milagre...
No rio já não há mais bagre
Cortaram mil centenárias
Campanha que se deflagre
Não salvará vidas várias
Ameaçadas por dolo
Ganância desenfreada
No resultado, o esfolo
Toda a terra estropiada.
Ando mesmo contrariada
E bem vês, tenho razão
Mágica não salva nada
E sequer um bom sermão
O homem com seu poder
Se tornou ímpio e maldoso
Fez de seu mísero ser
Força de ação do tinhoso.