Ando de olhar cabisbaixo...

Ando de olhar cabisbaixo

E o peso que o derruba

Nem um galhinho de arruda

Faria o franco milagre...

No rio já não há mais bagre

Cortaram mil centenárias

Campanha que se deflagre

Não salvará vidas várias

Ameaçadas por dolo

Ganância desenfreada

No resultado, o esfolo

Toda a terra estropiada.

Ando mesmo contrariada

E bem vês, tenho razão

Mágica não salva nada

E sequer um bom sermão

O homem com seu poder

Se tornou ímpio e maldoso

Fez de seu mísero ser

Força de ação do tinhoso.

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 26/06/2010
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2343331
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