Desabafo: Palavras ao vento!

É difícil achar respostas para as diversas questões da vida. Mas continuo observando as pessoas viverem frenéticas e obcecadas consigo próprias, sem olhar para os lados. Sem pensar, direcionam palavras duras aqueles que as rodeiam, por motivos diversos, porque acham que aquela atividade poderia ser feita de outra forma, porque já se aborreceram e irão descontar no primeiro que atravessar seus caminhos. Motivos não faltam para o desrespeito com o próximo e não é preciso praticar um ato violento para ir contra o outro, bastam palavras em tons errados e agressões verbais gratuitas para tirar qualquer prazer de conviver com aquela pessoa. E penso o que essa pessoa ganha em troca? Amor, carinho, compreensão? Duvido, esses são sentimentos nobres.

Depois de uma semana longa de trabalho, pensando nesses porquês, vendo e ouvindo palavras alheias no meu dia, desço do ônibus e escuto um pedido de ajuda. Uma senhora, de 63 anos, se escorando ao poste de luz, pedindo que eu a levasse ao outro lado da avenida, que tem 3 pistas, pois naquele minuto ela teve uma cegueira temporária por causa da sua diabete. Confesso que me assustei inicialmente, mas quando vi nos seus olhos o medo imediatamente dei o meu braço e a levei ao seu destino. No trajeto ofereço o meu telefone para que ela chamasse por alguém, mas triste me conta que prefere não ligar para o filho para que ele não brigue com ela. Terminei a minha ação pedindo a Deus que a protegesse da doença e dos perigos. Onde está o respeito de um filho por um pai? Onde estão os valores que aprendemos quando crianças?

E aí paro e penso nessas agressões gratuitas. As pessoas deveriam pensar se gostariam de ouvir tais palavras antes de jogá-las ao vento. Uma vez pronunciadas elas não voltam mais, não há como apagá-las, só lamentar por aqueles que as proferiram. O respeito ao próximo é a regra nº 1 para praticar com todos. Pedir por favor, agradecer, estimular, explicar, praticar a paciência são ações essenciais para as boas convivências. Posso dizer aqui, com orgulho, que primo por esses valores diariamente. Já cruzei e ainda cruzo com esses tipos de pessoas, mas em resposta deixo aqui minhas palavras e o desejo que esses possam escutar a si mesmos antes que o vento leve suas palavras.

Termino com o objetivo de que comecemos a pensar nas verdadeiras ações, na prática do bem, da boa palavra, da educação. Agredir ou transferir seus rancores aos outros não leva a lugar nenhum e o que se colhe em troca? Bem, respondam a si mesmos.

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Lê Luna
Enviado por Lê Luna em 24/06/2010
Código do texto: T2338343
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