Coração ferido

Dê-me a canção e eu cantarei como se eu a fosse.

Dê-me as palavras e eu direi como se eu as fossem.

Dê-me seu coração que eu cuidarei como se o meu o fosse.

Porque pessoas colocam corações em celas, sem sequer parar o sangramento, apenas sentindo-se leve momentaneamente.

Arriscando assim, a última batida, o último pulsar de tal, predestinado à ir-se pós o derramamento de tanto sangue,

Com sua ida não haverá volta, como resgatar algo que congelou em frias mãos e coração.

Lágrimas caindo, vozes e ouvindo, e seu interior sendo invadido, sem permissão, querendo a volta da batida desse coração, para ter o seu perdão.

Não lave as mãos, uma alma pode estar a esperar, que lhe tragas seu coração. Pois ele ainda vive no mais profundo do desconhecido, assim ficando subentendido, porém já não mas protegido, apenas escondido, à procura de um abrigo, ao aguardo do resgate de seu amor bandido. Curai vós o coração ferido.

Micael Lima
Enviado por Micael Lima em 23/06/2010
Reeditado em 25/06/2010
Código do texto: T2336067