O filho pródigo...
Na parábola do filho pródigo há sábias lições, no evangelho esse texto se encontra em “Lucas Cap. XV, versículos 11 a 31”, e começa assim: “Um certo homem tinha dois filhos. O mais novo pediu ao Pai a parte que lhe cabia nos bens e partiu, sofreu, arrependeu-se e voltou a casa do Pai, onde foi por este recebido em festa. O outro irmão vendo aquilo se enciumou e queixou-se do Pai, pois ele observará os mandamentos, mas não era festejado como o outro.”
Vamos analisar só uma parte aquela que diz respeito ao filho que fica, vejamos o que diz o Evangelho e reflitamos sobre essas palavras.
Assim está escrito: “E o filho mais velho estava no campo; e quando veio, chegou perto da casa, ouviu a música e as danças.”
Prestemos atenção o filho mais velho não estava com o pai ele se encontrava no campo cuidando dos seus interesses.
E continua assim: “E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.”
Ele era o filho, natural seria que ao ouvir a musica viesse ter com o pai, mas por que chamou um servo? Por que não foi direto ao pai?
E segue assim descrito: “E ele lhe disse: veio o teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.”
É o servo quem lhe informa do que está havendo e ele mesmo assim não vai ter com o pai. Não deseja rever o irmão? Saber como está? Ignora-o.
E o texto nos diz mais: “Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele.”
Ele fica indignado, contrariado com o pai, não quer entrar na casa do pai, faz birra, fica do lado de fora. Mas o pai vem ao teu encontro, o pai pede para que ele entre, o pai insiste com ele.
A palavra ainda mostra o seu desrespeito para com o pai neste momento: “E respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento; e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;”
Preste atenção ele serve, o que é muito diferente de amar ao pai, cumpri os mandamentos por obrigação, mas não os sente em sua alma, ele quer fazer festa, mas não com o pai e sim com os amigos.
Nós somos como o filho mais velho que conhece a lei, mas não a sente, não a vive, ainda consideramos o outro como inimigo, adversário a ser vencido.
Achamos que se observarmos meia dúzia de leis estamos quites com o pai, que não precisamos mudar, somos indiferentes aos sofrimentos de nossos irmãos, alguns até acreditam que se não estivermos de acordo com determinado principio religioso da igreja A, B ou C não somos filhos de Deus, muito menos irmãos.
As verdades sempre estiveram ai, foram usadas muitas vezes para dominar, massacrar, ofender e aprisionar, menos para o seu real propósito libertar, esclarecer, dar asas para que pudéssemos voar em direção a fonte do amor, que é o PAI!
Faça um teste e descubra em qual momento representado pelos dos dois filhos você está? É o que está errando? Ou o que já se arrependeu? Ou o que já retornou a casa do Pai? Ou é o hipócrita que traz a aparência de bom, mas não é bom?
Pense, tenha uma boa reflexão...
Um abraço fraterno!