Conversa de Doido
Será que o que somos está tão presente? Tão latente e ofegante na nossa cara? Penso as vezes que ocultar a vida é uma grande solução. Tão grande que um dia esquecemos de devolver os dilemas dessa vida para os seus devidos lugares.
Hoje mesmo é um desses dias, que só vejo a solução atrás de mim, correndo atrás de mim e não disposta a frente, só porque no momento não sei dirigi-la. E o mais estranho é tentar explicar isso! Porque? Porque... porque eu preciso entender. Preciso assimilar.
Tudo bem... Tudo bem para quem? Não pra mim que escrevo sobre o que não sei direito! E se você que me lê também não sabe, então faça-me o favor: Leia fingindo saber! Quem sabe assim temos algo em comum além de tudo o que não sabemos?
Só acho que devíamos ter a vida de fato nas mãos. Mais nas mãos do que de fato em pensamento, divagando futuro, lamentando passado, desejando o presente. Queria apalpá-la como faz um tarado, quis tê-la para sempre como bem quer um amado. Mas olha que conclusão coerente: Somos isso sem aquilo as vezes. Somos mais as vezes que sempre.
Agora, eu sou o presente e minha vida a solução.
Ou eu sou a solução e minha vida é o presente?
Basta-me estar aqui
Latente e ofegante.