Indiferença
Como é triste, às vezes, olhar em volta e ver tantas pessoas sofrendo. Pior, ainda, é que essa tristeza não é só em razão das pessoas que sofrem, mas, também, por aquelas que convivem à volta desses sofredores e nada fazem.
Nem sempre faço alguma coisa. Mas, quando posso, tento ajudar de alguma forma. Sei que minha ajuda é muito pequena, em relação aos problemas sofridos pelos menos afortunados. Mas, como agiu o beija-flor, faço a minha parte.
Tantas são as pessoas que vivem indiferentes aos flagelos sociais. Julgam-se detentoras de bens e se portam como se estivessem acima de tudo. Pobres desgraçados. Têm, muitas vezes, menos que aqueles que eles julgam ser mendigos.
Numa época fria como essa, em que, mesmo em nossos lares, temos que usar mais de um cobertor para nos aquecer, pessoas muitas estão por aí afora, apenas protegidas por papelões, que recolhem pelo dia. Não têm conforto e alguns nem isso queriam, mas apenas ter um cantinho para se recolher.
É necessário um olhar diferente com essas pessoas. Não sou louco e sei que muitos se passam por necessitados, usando desse subterfúgio para praticar delitos. Outros acabaram optando pelas ruas, por não terem interesse em se submeter às diversas regras, por exemplo, estabelecidas nos diversos abrigos existentes.
Sei que pessoas boas deste mundo têm dificuldades para ajudar, porque sentem medo, até mesmo, de se aproximar de quem precisa.
Precisamos acabar com a indiferença. Sempre que possível e oportuno, devemos nos ajudar mutuamente e praticar o amor que Cristo nos ensinou.
No livro de Mateus, no capítulo 25, versículos 42 a 45, Jesus nos ensina que, toda vez que deixamos de demonstrar amor pelo nosso próximo, estamos deixando de demonstrar amor por Ele próprio.
Tratar uma pessoa necessitada com indiferença é fingir que ela nem existe.