Fantasmas

Os anos se passaram e nada aconteceu, a densidade foi desaparecendo com o tempo e as nuvens do céu aos poucos foram tapando os ultinos reflexos do sol.

As lembranças sempre foram intactas, e algumas delas carregadas de lágrimas no olhar empurrando assim contra o coração os espinhos que sobraram soterradas.

Até onde fui... até o ultimo limite que existia na esperança e na coragem, desistir foi uma das atitudes mais sublimes durante todo esse tempo, já não aguentava mais as feridas que comigo carregava.

Mas hoje sei, algumas coisas jamais podem ser totalmente apagadas, existem fantasmas que nos sercam vagamente como lobos prontos para atacar, são fantasmas de mim, são fantasmas de você... de nós. E quando nosso olhar se cruza pode-se notar que muita coisa não se pode apagar da memória nem do coração. Nossos olhares se encontram em uma profunda e estranha mágia renascendo assim os nossos fantasmas por frações de segundos.

Beatriz Uyara
Enviado por Beatriz Uyara em 09/06/2010
Reeditado em 09/06/2010
Código do texto: T2310475