A felicidade é irmã gêmea da infelicidade
A felicidade verdadeira é irmã gêmea da infelicidade. Só é feliz quem compreende. Compreende a vida em sua dualidade. Compreende que os dias sucederão as noites. Que ao frio sucederá o calor. Que ao sono sucederá a vigília.
As estações do ano se alteram. Assim como os estados de ânimo. Aquele rosto que vimos sorrindo, num outro momento se mostra preocupado. E aquilo que antes era parte integrante da paisagem, agora não mais está ali.
Nossas emoções transitam nesse turbilhão de transformações, entre o belo e o feio. Entre o amor e a dor. Entre as perdas e ganhos. Entre tristezas e alegrias. E nessa natural e necessária mudança deparamo-nos com a nossa própria transformação. A duras penas assistimos ao parto de nós mesmos. Choramos e gritamos pelos ferimentos abertos em nossa carne. Assistimos impotentes ao sangue que derrama sem parar. Gememos a dor de nosso próprio nascimento.
Um dia sucede ao outro, mas o que se perde não se perde da saudade. O novo ser, advento misterioso de um processo a todos imposto, nasce sob o símbolo dos escombros. Algo precisou ser destruído para o novo nascer. Aquele que nasce surge iluminado pelos raios da esperança. Em si traz o potencial do ser em evolução. Mas não é possível a ele ignorar a dor de seu próprio nascimento. Como também não é possível a ele compreender nesse momento os novos contornos de sua já ampliada compreensão sobre o sentido da vida.
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, lembra Fernando Pessoa. Como uma alma pequena cresce? Cresce transitando pelo contraste que a vida apresenta em sua dualidade. Cresce entre o positivo e o negativo. Entre o dia e a noite. Entre o erro e acerto. E sofre, ha como sofre. Sofre porque a compreensão necessária para superar o sofrimento só é encontrada dentro do próprio sofrimento. Ao sofrer o ser aprende a superar seu sofrimento.
Mas como aprende? Quem sofre, sofre. Quem aprende, aprende. Quem está sentindo dores consegue se concentrar no aprendizado? Quem vai a escola com dor de cabeça? Ou com uma crise nos rins? Parece não fazer sentido. Mas aprende sim, pois tem a oportunidade de observar o objeto de seu aprendizado, sua própria dor.
Não há lenitivo suficientemente bom capaz de eliminar a dor das perdas. Embora bálsamos existam que a tornam mais suportável. Só o tempo necessário para a reformulação de nossa própria compreensão sobre os fatos é capaz de apaziguar nosso coração. E esse tempo, inundado de dor, de lágrimas, de saudades e de desalento, deve nos presentear com a luz da conformação com a natureza da vida. E um dia, quem sabe, numa manhã qualquer. Já fortalecidos na roupagem de nosso novo ser. Nascido das cinzas do sofrimento. Nosso pranto novamente se transforme num sorriso, símbolo de nossa felicidade que parecia ter nos abandonado, mas que só estava momentaneamente embotada pela nossa breve e necessária visita aos umbrais da dualidade.
Por tudo isso exercitar a paciência com o nosso aprendizado, nos permitirá suportar a dor até que uma nova mudança aconteça, e ela virá, ainda que tenhamos perdido a esperança. Esperança, é nesse sentimento utópico, mas nem por isso irreal ou menos importante, que o ser encontra um dos principais alicerces na transformação da sua dor na compreensão necessária para superá-la.
A felicidade verdadeira é irmã gêmea da infelicidade. Só é feliz quem compreende. Compreende a vida em sua dualidade. Compreende que os dias sucederão as noites. Que ao frio sucederá o calor. Que ao sono sucederá a vigília.
As estações do ano se alteram. Assim como os estados de ânimo. Aquele rosto que vimos sorrindo, num outro momento se mostra preocupado. E aquilo que antes era parte integrante da paisagem, agora não mais está ali.
Nossas emoções transitam nesse turbilhão de transformações, entre o belo e o feio. Entre o amor e a dor. Entre as perdas e ganhos. Entre tristezas e alegrias. E nessa natural e necessária mudança deparamo-nos com a nossa própria transformação. A duras penas assistimos ao parto de nós mesmos. Choramos e gritamos pelos ferimentos abertos em nossa carne. Assistimos impotentes ao sangue que derrama sem parar. Gememos a dor de nosso próprio nascimento.
Um dia sucede ao outro, mas o que se perde não se perde da saudade. O novo ser, advento misterioso de um processo a todos imposto, nasce sob o símbolo dos escombros. Algo precisou ser destruído para o novo nascer. Aquele que nasce surge iluminado pelos raios da esperança. Em si traz o potencial do ser em evolução. Mas não é possível a ele ignorar a dor de seu próprio nascimento. Como também não é possível a ele compreender nesse momento os novos contornos de sua já ampliada compreensão sobre o sentido da vida.
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, lembra Fernando Pessoa. Como uma alma pequena cresce? Cresce transitando pelo contraste que a vida apresenta em sua dualidade. Cresce entre o positivo e o negativo. Entre o dia e a noite. Entre o erro e acerto. E sofre, ha como sofre. Sofre porque a compreensão necessária para superar o sofrimento só é encontrada dentro do próprio sofrimento. Ao sofrer o ser aprende a superar seu sofrimento.
Mas como aprende? Quem sofre, sofre. Quem aprende, aprende. Quem está sentindo dores consegue se concentrar no aprendizado? Quem vai a escola com dor de cabeça? Ou com uma crise nos rins? Parece não fazer sentido. Mas aprende sim, pois tem a oportunidade de observar o objeto de seu aprendizado, sua própria dor.
Não há lenitivo suficientemente bom capaz de eliminar a dor das perdas. Embora bálsamos existam que a tornam mais suportável. Só o tempo necessário para a reformulação de nossa própria compreensão sobre os fatos é capaz de apaziguar nosso coração. E esse tempo, inundado de dor, de lágrimas, de saudades e de desalento, deve nos presentear com a luz da conformação com a natureza da vida. E um dia, quem sabe, numa manhã qualquer. Já fortalecidos na roupagem de nosso novo ser. Nascido das cinzas do sofrimento. Nosso pranto novamente se transforme num sorriso, símbolo de nossa felicidade que parecia ter nos abandonado, mas que só estava momentaneamente embotada pela nossa breve e necessária visita aos umbrais da dualidade.
Por tudo isso exercitar a paciência com o nosso aprendizado, nos permitirá suportar a dor até que uma nova mudança aconteça, e ela virá, ainda que tenhamos perdido a esperança. Esperança, é nesse sentimento utópico, mas nem por isso irreal ou menos importante, que o ser encontra um dos principais alicerces na transformação da sua dor na compreensão necessária para superá-la.