Seis de junho de 2010

Estou rodeada de farelos. Das bolachas que ainda conversam comigo e utopias absurdas que continham a melhor das intenções. Preciso de férias de minhas ambições revolucionárias. O discurso perde o lirismo ao tentar se libertar das quatro paredes em que minha imaginação o mantém. E de novo, esse constrangimento sem precedentes vem à tona. Já nem me refiro às primeiras frases, só quero liberdade entre minhas próprias palavras. Ando tão literal e descartável. Cumpro pequenas promessas para não abrir os olhos e descobrir que já é novembro.

Patricia B
Enviado por Patricia B em 07/06/2010
Código do texto: T2306167
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