Um demônio mora em mim

Há um demônio que mora dentro de mim...

Furioso ele adormece em seu calabouço

Acorrentado e trancado.

Ninguém sabe de sua existência

Nas noites em que a lua domina

Ele desperta de seu sono

Então eu corro pelos corredores sombrios

De meu interior,

Cuidadosamente eu abro as fechaduras.

Em meio as minhas lagrimas e medo profundo; eu canto.

Canto baixinho até que ele acalme e adormeça.

Então eu volto ao mundo real

E os corredores agora parecem estar iluminados

Mas uma vez o demônio adormeceu.

O sol brilha lá fora.

E paz serenamente reina em meu ser.

Mas eu rezo todos os dias pra que ele continue dormindo

E nunca desperte de seu sono maligno

Para que a caixa de Pandora não seja novamente aberta

E que não reste desta vez nem a esperança.

Então eu canto baixinho a velha canção de ninar.

Na esperança que do sono ele jamais venha a despertar.

Janaina Barbara
Enviado por Janaina Barbara em 05/06/2010
Reeditado em 05/06/2010
Código do texto: T2302024