Um demônio mora em mim
Há um demônio que mora dentro de mim...
Furioso ele adormece em seu calabouço
Acorrentado e trancado.
Ninguém sabe de sua existência
Nas noites em que a lua domina
Ele desperta de seu sono
Então eu corro pelos corredores sombrios
De meu interior,
Cuidadosamente eu abro as fechaduras.
Em meio as minhas lagrimas e medo profundo; eu canto.
Canto baixinho até que ele acalme e adormeça.
Então eu volto ao mundo real
E os corredores agora parecem estar iluminados
Mas uma vez o demônio adormeceu.
O sol brilha lá fora.
E paz serenamente reina em meu ser.
Mas eu rezo todos os dias pra que ele continue dormindo
E nunca desperte de seu sono maligno
Para que a caixa de Pandora não seja novamente aberta
E que não reste desta vez nem a esperança.
Então eu canto baixinho a velha canção de ninar.
Na esperança que do sono ele jamais venha a despertar.