Negra calmaria
Não sou uma mulher, mas um rio. Posso ser tanto clara e calma como negra e obtusa. Minhas águas correm entre bifurcações que podem levar-me à fonte da vida ou a lugar nenhum. Revoltas como a tempestade, banham novas margens e moldam montanhas para desaguar de alturas exorbitantes e tornarem-se a calmaria que mata a sede de outrem, menos a própria.