Quando se olha para dentro de si...

_Quando o olhei senti saudades...

_ Dele?

_ Não de mim!

“Saudade de como eu era, menina! E não havia desconfiança, onde eu ‘amava’ sem medo, e acreditava. Não sabia ter raiva, ou qualquer coisa assim. O olhei e senti saudades... de minha pureza. Senti saudades de ter meu coração disparar, da forma de amar que me fazia tremer e esperar.”

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_ Já amou de forma que abdicaria o paraíso, ou então se condenaria eternamente ao inferno, só por uma noite de amor?

_ Não.

_ Então não compreenderá nada do que eu disser aqui.

“Impossível explicar algo que é inexplicável... Tentar compreender então, aquilo que não se foi vivido, pior ainda. É errônea a falta de amor? Não, talvez só faça bem...”

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_ Olhei para trás, e não o encontrei.

_ Olhou dentro de si?

_ Não. Estou ao avesso, é mais bonito assim. Não me encontro aos trapos e farrapos.

“Foge de minha mão, dizer o que terei no futuro, e se tua presença me fará lembrar de dias que vivi, e aos poucos me condenei e me encontrei aos trapos e farrapos, dentro de mim... Às avessas. Foge de minha humilde condição humana de viver... Assim...”

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 31/08/2006
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